terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SOCIEDADE

Escrevi esta poesia em repúdio ao sofrimento de muitas pessoas que sofrem a dor do abandono, dos preconceitos e da falta de oportunidades de vida digna e em desenvolvimento. Felizmente são poucos os grupos sociais que insiste em manter desigualdades, violência e desamor.

A SOCIEDADE E O PODER EGOÍSTA
                                 
                         Nazaré de Macedo

 Em minha gaiola confortável
Vejo o mundo pelo celular
Não quero saber como obter alimento
Pois alguém fará isto em meu lugar
Com o dinheiro que tenho
Posso exigir água fresca e muita sombra
E alguém para me cobrir.

Demonstro semblante onipotente
Autorizo e mando fechar
Afasto-me de toda gente
Que queira comigo compartilhar.
E para que sentir tristeza?
Se com as drogas posso viajar
Sou forte, tenho o " poder".
Da vida só quero lucrar.

Contudo...
De repente!
Um vazio toma conta de mim.
Sinto-me sozinho...
Busquei efêmeros como trampolim.
Estou com medo!
De ouvir meus conflitos internos
E, começo a perceber...
Que fiz da minha vida um inferno
Na busca somente pelo prazer.

Neste momento,
Do alto do meu merecimento,
Consigo entender minha tolice,
Não posso caminhar livremente,
Pois serei atingido mortalmente 
Pelas mesmas armas que distribuí.
Obs: Participação em evento de literatura no ano de 2011.

Um comentário:

Veronica Nascimento disse...

Palavras sábias querida.Passei para lhe dar um grande beijo